Nossa
responsabilidade no educar para o respeito
Diante de mais um ato covarde,
desrespeitoso, bárbaro e criminoso que vimos nesta semana com o estupro de uma
jovem por 33 homens, ficamos TODAS assustadas, assombradas e revoltadas com tal
acontecimento, mas além disso questionando sobre essa cultura e de como a
sociedade reforça e alimenta esses fatos no seu dia a dia.
Sem entrar na discussão de quanto
horror há nesta história fiquei me questionando sobre de onde vem e se perpetua
tais comportamentos e pensamentos machistas e falocentricos. Ele vem de uma
educação machista, de permissividade nas brincadeiras sobre as mulheres, da
educação diferenciada entre meninos e meninas, de piadas machistas, de
ambientes escolares, sociais e profissionais que fazem diferenciação de gênero
de forma sutil e as vezes de forma gritantes.
Precisamos lembrar que nós como
pais somos responsáveis pelo que ensinamos, repassamos e orientamos aos nossos
filhos. Pelo que reproduzimos e valorizamos e pelo que nos indignamos e
repudiamos nos comportamentos em família e em sociedade.
A escola tem um papel fundamental
nesse processo que é de promover debates e dialogar sobre tais temas a fim de
criar consciência e responsabilidade. E nós, pais, temos o dever de cobrar das
escolas de nossos filhos um programa que permita tais discussões sobre respeito
e gênero.
A responsabilidade com a formação
do caráter dos nossos filhos, passa pelo nosso compromisso como todas essas
questões e com o compromisso social de questionar, exigir e mudar um padrão
vigente que muitas vezes vemos ao nosso redor, mas nos recusamos a barrar ou a
acreditar que existem. Que deixamos na ordem da brincadeira, de “ ele não sabe
o que está dizendo”, mas que as vezes estão impregnado no nosso cotidiano sem
que nos demos conta ou que tenhamos força para mudar.
Esta jovem não foi a única a ser
estuprada, tantas outras são abusadas, desrespeitadas, assediadas,
desvalorizadas. Nenhuma de nós mulheres estamos a salvo de um terror desse,
pois não se trata de roupa, lugar ou postura. Trata-se de educação, de
desrespeito, de cultura do poder e de uma sociedade machista.
Contribua para um mundo mais
harmônico, justo e respeitoso, faça a parte que que cabe, EDUQUE!