Somos rodeadas de tarefas e responsabilidades, mas cuidar dos filhos nas
suas inúmeras necessidades sempre foi a prioridade da maioria das mães.
Entretanto a vida moderna nos trouxe outras escolhas, desejos e necessidades
que se tornaram parte importante de nossas vidas assim como o casamento e a
maternidade.
Resolver essa dificil equação sempre foi uma tarefa árdua e sofrida para
a maioria das mulheres, pois envolve sentimentos profundo de amor em relação a
sua cria e necessidades de auto-satisfação e realização, que hoje em dia, vai
muito além de ter uma famíla e filhos.
As exigências da vida, das empresas e da própria mulher a leva para uma
inevitável condição de stress e culpa, já que difilcmente se sente plena e
atendendo satisfatoriamente a todas essas demandas. Mas existe uma resposta
única que atenda a todas essas necessidades? Dificilmente encontraremos uma
receita que atenda e satisfaça a todas mulheres-mãe-profissinonais.
A particulariedade de cada mulher vai conduzi-la neste percurso de forma
única, e embora quase todas passem pelo mesmo dilema de se dividir nas suas
multiplas funções, cada uma pode viver isso de forma e intensidade diferente.
Pergunto-me se a mulher que faz uma escolha de abandornar sua vida
profissinal para se dedicar a família e a casa estaria livre do sentimento de
culpa e teria a certeza de atender plenamente a seus filhos. Dificilmente, pois
mesmo em casa nem sempre podemos suprir as demandas dos filhos e cobrir todas
as necessidades da família. Afinal, se a ausência é prejudicial, o excesso
também sufoca. Sempre haverá furos, lacunas, faltas não preenchidas, que
diga-se de passagem, indispensáveis para que o desejo se estabeleça e o sujeito
avance.
Parte da intensidade destes sentimentos está ligado a auto estima e
valorização de cada mulher tem de si própria, que pode levá-la a suportar esse
mal estar de forma mais ou menos equilibrada. Perceber que sempre haverá ganhos
e perdas nas relações, estando ela dentro ou fora de casa é a condição para
amenizar as exigências exageradas que podem estar ligadas a necessidade de
corresponder a expectativas do outro, seja lá que nome tem esse outro.
Os sentimentos da mãe em relação ao seu afastamento e como ela transmite
isso a criança muitas vezes está ligado a forma como ela própria lida com seu
trabalho, sua autonomia, suas frustrações e como se vê como mãe e mulher. Essa
reflexão é importante para que ela possa se olhar e se cuidar, ao invés de se
condenar e culpar.
Ao diminuirmos a nossa auto cobrança consequentimente diminuimos a culpa
e assim aumentamos a capacidade de visualizar os ganhos que tambem envolvem a
opção de trabalhar fora. Filhos se adaptam a realidade e pais, quando se
organizam, conseguem atender as necessidades dos filhos.
A muito trabalhar deixou de ser apenas uma forma de ganhar dinheiro, mas
também uma forma de realização. É possível envolver-se intensamente com todas
essas funções, desde que saibamos que sempre haverá alguma falta, não
necessariamente uma falha.
O sucesso profissional te espera, eterna mãe!!!
Vânia Vidal de Oliva é Psicóloga Clínica, Psicanalista com
mais de 25 anos de experiência no atendimento de adolescentes, adultos e na
orientação familiar.
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